Trump impõe tarifas e elimina isenção para compras internacionais de até US$ 800

Trump impõe tarifas e elimina isenção para compras internacionais de até US$ 800 Trump impõe tarifas e elimina isenção para compras internacionais de até US$ 800

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o fim da isenção de impostos para compras internacionais abaixo de US$ 800, impactando diretamente gigantes do comércio eletrônico como Shein e Temu. A decisão elimina a chamada “de minimis exemption”, que permitia a entrada de pequenas encomendas no país sem tributação, e agora sujeita esses produtos a tarifas de 10%, além de inspeções alfandegárias mais rígidas.

A medida, defendida como uma forma de conter a concorrência desleal das plataformas chinesas, tem potencial para provocar mudanças drásticas no comércio eletrônico internacional. Com o novo cenário, os consumidores americanos enfrentarão preços mais altos e prazos de entrega significativamente mais longos. Estima-se que mercadorias baratas, como vestidos vendidos a US$ 2, possam dobrar de preço devido às novas taxas e exigências.

A mudança se insere em um contexto de pressão sobre empresas estrangeiras, especialmente chinesas, acusadas de explorar brechas na legislação para inundar o mercado americano com produtos de baixo custo, muitas vezes sem cumprir padrões regulatórios e de segurança. O Departamento de Comércio dos EUA argumenta que o regime anterior favorecia a sonegação de impostos e a entrada descontrolada de mercadorias, prejudicando a indústria local.

Para minimizar os impactos, empresas como Shein e Temu já estão ajustando suas estratégias, investindo em centros de distribuição nos Estados Unidos e fábricas no México. No entanto, especialistas apontam que essa transição será lenta e pode não ser suficiente para evitar a elevação dos preços e a redução da oferta de produtos acessíveis, afetando principalmente consumidores de baixa renda.

A decisão de Trump reacende debates sobre protecionismo econômico e a relação comercial com a China, um dos temas centrais de sua agenda política. Críticos argumentam que a medida pode ter um efeito reverso, prejudicando mais os consumidores do que protegendo a economia americana. Ainda assim, a nova política já está em vigor e promete transformar a dinâmica das compras internacionais nos Estados Unidos.